quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Natal na Umbanda!


Pai Rubens Saraceni

Estamos em Dezembro, um mês mágico que altera o estado de espírito das pessoas, principalmente dos umbandistas, que já comemoraram Yemanjá, Yansã e Oxum no começo dele.
Ainda temos o dia 25, quando a cristandade comemora o nascimento do Mestre Jesus no mundo todo e temos o dia 31, quando todos comemoram a passagem do ano com uma explosão de alegria e votos de que o ano que começará seja de paz, saúde e prosperidade.
Para os umbandistas a comemoração do natal cristão é algo natural, até porque a maioria dos seus seguidores e médiuns praticantes veio da religião cristã. Inclusive, muitos umbandistas seguem uma corrente doutrinária denominada Umbanda Cristã, muito parecida com o Espiritismo Kardecista.
Na maioria dos seus centros os umbandistas colocam em seus altares a imagem do Mestre Jesus no seu degrau mais alto, prestando-lhe uma reverencia e adoração sublime devido seu sincretismo com o Orixá Oxalá, o maior dos orixás cultuados na Umbanda.
Esse respeito e reverencia ao Mestre Jesus enobrece ainda mais a umbanda, a mais tolerante das religiões existentes no Brasil, já que ela acolhe em seus centros os seguidores de todas as outras com amar e respeito, sem constrangê-los com perguntas sobre a religião que seguem e sim, os auxiliam onde elas não podem ou seus sacerdotes não sabem como lidar: a Mediunidade e os problemas espirituais de fundo karmático!
Nesse ponto a Umbanda é única entre as religiões!
Seus dirigentes e médiuns, assim como todos os Guias Espirituais, acolhem os seguidores de outras religiões como irmãos e os auxiliam como podem e da melhor forma possível, livrando-os de suas perturbações de fundo espiritual, auxiliando-os na cura de suas doenças, auxiliando-os a conseguirem um emprego, quebrando demandas das quais são vitimas, etc.
E isso sem perguntar-lhes quais as suas religiões, sem atribuir às suas crenças religiosas a causa de suas dificuldades e nem os obrigando a se converterem para que, aí sim, sejam ajudados pelos sagrados Orixás e pelos Guias Espirituais de Umbanda.
Não vemos isso acontecer nas outras religiões, onde o usual, assim que sabem a religião de quem adentra em seus templos é ir alertando-os ou acusando-os de seguirem uma religião errada, ou pagã, ou do diabo, etc. Nesse aspecto a Umbanda é única e insuperável porque todos os umbandistas acreditam que Deus é único, esta presente na vida de todos e em todas as religiões, não importando a forma que usam para cultuá-lo e adorá-lo. Inclusive, é comum aos seguidores das outras religiões regirem com palavras ofensivas à nossa religião e à nossa pessoa assim que ficam sabendo que seguimos a religião Umbanda, dando a entender que só eles cultuam e adoram Deus.
Essa postura intolerante por parte da maioria dos seguidores de outras religiões para conosco, os umbandistas, provavelmente é uma decepção para o mestre Jesus, que não fundou nenhuma religião e não pregou a intolerância, mas vê entre os seus seguidores uma reação não fraterna aos seus irmãos em Deus que professam outras crenças religiosas.
Os umbandistas seguem a Umbanda, mas respeitam todas as outras religiões e a crença dos seus seguidores e não temem entrar em suas igrejas porque nesse quesito estão anos-luz à frente dos demais, já que sabe que só há um Deus, criador de tudo e de todos e existem suas divindades, espalhadas entre as muitas religiões existentes na face da terra, com Jesus Cristo incluído entre elas e ao qual respeitam e amam.
No dia em que todas as religiões e todos os seus seguidores pensarem e agirem como prega a Umbanda e os umbandistas nesse mundo haverá mais fraternidade verdadeira e menos miséria, doenças, crimes, racismo e intolerância.
Mas isso talvez seja esperar demais dessa humanidade pecadora que discrimina seus semelhantes só porque seguem uma religião diferente, ainda que todos saibam que só há um Deus e que todos somos seus filhos... que todos somos irmãos perante Ele, o nosso Divino Criador!
Por ser como são e por amarem e respeitarem o Mestre Jesus os umbandistas comemoram o Natal e lhe rendem merecida homenagem, pois, pelo menos nessa data cristã os cristãos de fato se mostram mais fraternos e tolerantes.
Nesse natal, que o amado mestre Jesus abençoe a todos!

Feliz Natal Umbandistas!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cia do Escândalo completa 15 anos com muito espetáculo!


Cia do Escândalo comemora 15 anos de vida
No início de dezembro de 2010 a Cia do Escândalo, grupo teatral de Mogi das Cruzes, completa 15 anos de vida. E para comemorar a companhia prepara um cardápio variado de atividades para a população. Serão shows, espetáculos teatrais e 01 debate que movimentarão a cidade, sobretudo o Galpão Arthur Netto, espaço cultural fundado e gerido pela própria Cia do Escândalo. “Queremos compartilhar esse nosso momento especial com toda a população de Mogi e do Alto Tietê, que é nossa casa. Com isso nós é que preparamos o presente para a população, e em forma de atividades culturais, que é nossa praia”, diz Manoel Mesquita Junior, diretor da Cia do Escândalo. “Estamos acostumados a fazer as coisas de forma independente, pois desde sempre apontamos um caminho de gestão cultural compartilhada para cidade. Como nunca conseguimos apoio oficial, aprendemos a fazer e a produzir sozinhos, e esses 15 anos serão comemorados assim: com muito trabalho e muito prazer”, finaliza Junior.
Todas as atividades serão gratuitas e os shows e o espetáculo terão a distribuição de ingressos com 01 hora de antecedência.

Agenda cheia
A agenda começa na terça-feira, 07, com o show “Meyson Canta o Escândalo” do músico e ator Meyson, também integrante da companhia. Já na quarta-feira, 08, vai acontecer o debate “A Dor e a Delícia de Ser Ator”, com a participação de integrantes de grupos teatrais profissionais paulistas, como Os Fofos Encenam, Os Satyros, Les Comediens Tropicales e Garagem 21. Na quinta-feira, 09, os convidados serão os Pombas Urbanas, grupo teatral com 20 anos de trajetória e com atuação marcante na cena de teatro em comunidade e com articulação forte com toda América Latina. Serão 02 espetáculos, o primeiro, “Histórias para Serem Contadas”, será apresentado às 16h no Largo do Rosário. Já o segundo, “Os Tronconenses”, com o núcleo Filhos da Dita, será apresentado no Galpão Arthur Netto, às 20h. E na sexta-feira, também às 20h, o encerramento das comemorações contará com um show do grupo Revista do Samba, que faz uma releitura criativa de clássicos do samba de todos os tempos.

História
Fundada em dezembro de 1995, a Cia do Escândalo sempre pautou seus espetáculos pela pesquisa de assuntos de relevância social. Assim, construiu uma história na região do Alto Tietê com espetáculos que procuram antever e discutir as tendências relacionadas às relações humanas, profissionais e sociais de nossos tempos. Nessa linha, alguns espetáculos da companhia discutiram temas como solidão (Suicida, 1996), relacionamentos afetivos modernos (Eu Te Amo, 1997), ética, honestidade e verdade (Mintchíííra, 1998), manipulação dos meios de comunicação (O Tribunal da Santa Ignorância, 1998 e 2010), degradação das relações humanas (Fratelo, 2002), liberdade de escolhas (Putismo, 2008) e aumento da intolerância nas comunidades urbanas (Intolerância, 2009). “Desde os tempos em que não éramos profissionais já nos preocupávamos com a pobre estrutura para os artistas da cidade, e nessa linha de pensamento foi que surgiu o Galpão Arthur Netto”, diz Alessandra Galindo, atriz da companhia e uma das coordenadoras do Galpão fundado e administrado pelo grupo. “O Galpão vem suprir uma necessidade que existe na cidade de espaços culturais em que o artista possa apresentar sua obra artística com tranqüilidade, tempo e atenção. E a prova disso é que a agenda do Galpão Arthur Netto, desde sua fundação em junho de 2009, sempre se manteve cheia”, completa Alessandra.

Futuro
Os planos para o futuro são bem animadores, segundo Rui Longo, ator da Cia do Escândalo. “Para nossa próxima montagem iniciamos um estudo sobre Bertolt Brecht, um dos grandes autores de teatro de todos os tempos, pois nosso objetivo agora é falar sobre justiça e sociedade. Esse é o tema para 2011”, afirma Rui. E, ainda segundo o ator, o ano que vem contará com novas temporadas dos espetáculos ‘Intolerância’ e ‘O Tribunal da Santa Ignorância’ que estão circulando com apresentações por vários espaços culturais do estado de São Paulo. “Há 15 anos que não paramos de trabalhar, seja produzindo nossos espetáculos, seja nos articulando para melhorar a estrutura para os artistas da região. Participamos de todas as movimentações e debates artísticos e culturais da região desde nosso início e a intenção é cada vez mais provocar e estimular o debate em busca de melhores condições e de espaço para todos”, completa Rui Longo. Não é à toa que durante um período os membros do grupo eram chamados pelos mais ortodoxos de “escandalosos”.


Programação - 15 anos Cia do Escândalo

·         Terça-feira (07.12), 20h - show “Meyson Canta o Escândalo”, no Galpão Arthur Netto;
·         Quarta-feira (08.12), 20h - debate “A Dor e a Delícia de Ser Ator”, no Galpão Arthur Netto, com a participação de integrantes dos grupos Os Fofos Encenam, Os Satyros, Teatro da Neura, Les Comediens Tropicales e Garagem 21;
·         Quinta-feira (09.12), 16h – espetáculo “Histórias para Serem Contadas”, com o grupo Pombas Urbanas, no Largo do Rosário;
·         Quinta-feira (09.12), 20h – espetáculo “Os Tronconenses”, com o núcleo Filhos da Dita, no Galpão Arthur Netto;
·         Sexta-feira (10.12), 20h - show do grupo Revista do Samba, no Galpão Arthur Netto.

Histórias Para Serem Contadas
Na quinta-feira, 09, às 16h, no Largo do Rosário em Mogi das Cruzes, o grupo Pombas Urbanas apresenta o espetáculo Histórias Para Serem Contadas. O espetáculo já foi apresentado em várias cidades do Brasil e vem de apresentações no Festival Latino Americano de Teatro em Comunidade, realizado em Medelín, na Colômbia.
Na peça um grupo de atores vai de cidade em cidade, de praça em praça, representando histórias de pessoas comuns que conheceram. Desde a chegada da trupe com cenário, roupas e objetos coloridos, a praça vai virando palco de tragédias, comédias e dramas mal percebidos do cotidiano. O jogo cênico revela um prisma absurdo do jogo da vida. Histórias como a do homem que virou cachorro, a do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente e até a história do Chiquinho da Silva, que queria tanto se dar bem que acabou sendo cúmplice - “laranja” - de um genocídio internacional. São eles culpados ou inocentes de seus destinos? Seja por um pão, ou por nosso próximo sonho, nosso sangue se derrama neste ringue. Mesmo que essas histórias contadas pareçam distantes de nós ou sejam pura invenção. São histórias, mas não ficções.
O elenco conta com Adriano Mauriz, Marcelo Palmares, Paulo Carvalho, Juliana Flory, Marcos Khaju, Natali Santos e Ricardo Big. A direção é de Hugo Villavicenzzio e a direção musical é de Marcello Ribeiro.

Os Tronconenses
Na mesma quinta-feira, 09, às 20h, no Galpão Arthur Netto, o grupo Filhos da Dita, núcleo jovem do Pombas Urbanas, apresenta o espetáculo “Os Tronconenses”, que conta a história dos habitantes de Tronconé, uma cidadezinha imaginária, que poderia ser qualquer cidade brasileira. Através de brincadeiras num playground abandonado, crianças desta cidade representam situações  vividas pelos adultos. O imaginário e o real se fundem revelando um mundo em crise, onde loucura e lucidez muitas vezes se confundem. O espetáculo resgata o Coro, muito utilizado no Teatro Grego. Dele saem e para ele retornam os personagens.
O texto é de autoria de Lino Rojas, fundador do Pombas Urbanas e a direção é de Marcelo Palmares e Paulo Carvalho Jr. No numeroso elenco estão Cláudio Pavão, Ellen Rio Branco, Fernando Alves, Francisco Estanislav, Jéssica Nunes, Vanessa Cristina, Luara Sanches, Natali Santos, Paulo Maia,
Ricardo Big e Thábata Letícia.
A entrada também é gratuita e os ingressos deverão ser retirados com 01 hora de antecedência

Na sexta-feira, 10, às 20h, no Galpão Arthur Netto, ncerrando a semana de comemorações do aniversário de 15 anos da Cia do Escândalo, o convidado é o grupo Revista do Samba. Formado pela mineira Letícia Coura na voz e cavaquinho, o paulista Beto Bianchi no violão e voz, e o carioca Vítor da Trindade na percussão e voz, o grupo foi criado há uma década em São Paulo, e desde então vem se apresentando com freqüência no Brasil e exterior. Mescla um amplo de trabalho de pesquisa e resgate do melhor do samba brasileiro, ao mesmo tempo em que traz composições próprias e de compositores não restritos ao samba, envolvendo as canções com uma roupagem contemporânea, no estilo próprio de criação do trio.
Tem três cds gravados Revista do Samba, releitura de grandes clássicos do gênero, de diferentes compositores, Outras Bossas, uma mistura de novos autores, composições próprias e antigos sucessos, e Revista Bixiga Oficina do Samba, este um projeto especial patrocinado pela Petrobras, dedicado aos sambas do bairro do Bexiga em São Paulo.
O grupo brilha ao mostrar o samba como genuína expressão musical do povo brasileiro. Sensível e poético seu trabalho espelha as emoções e vibrações de nossa sociedade. Ao mostrar seu repertório de diferentes ritmos e sua estreita relação com o samba: marchas, bossas, maxixes, choros, o r e v i s t a do samba e seus três componentes oferecem uma divertida e agradável jornada.
Ao vivo e no CD o r e v i s t a do samba cria atmosferas festivas, carnavalescas e de gafieiras, interpretando as canções de modo a criar uma ponte entre o passado, presente e futuro.
De suas turnês internacionais, destacam-se as suas apresentações em grandes festivais na Europa, Estados Unidos, Oriente Médio, Ásia e África – tais como APAP (Nova York – EUA), Stimmen (Alemanha) Val Latina e Parque La Villete (França), Minta (Tel Aviv – Israel), World of Performing Arts Festival (Lahore – Paquistão) e festivais na Holanda, Alemanha, Noruega, Guadalupe, no Caribe, Áustria, Itália e recentemente em turnê no Marrocos, onde participou do Festival Mawazine, em Rabat e do Festival des Musiques du Désert, no deserto do Saara. Em setembro de 2009 participou do Ano da França no Brasil com o projeto Tante Hortense/Revista do Samba, com o grupo Tante Hortense de Marselha, França e em outubro de 2009 na Ásia, do Brazilian All Stars Festival em Seul e Coffee Festival em Gangneung na Coréia do Sul.
A entrada também é gratuita e os ingressos também deverão ser retirados com 01 hora de antecedência.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Exposição


Fernando Pessoa, plural como o universo” é o tema da exposição dedicada ao poeta português, em cartaz no Museu da Língua Portuguesa. A exposição reúne textos, imagens, vídeos e até um labirinto poético sobre a obras do escritor português, criador de inúmeros heterônimos. 

O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, Capital. Mais informações: (11) 3326 0775 begin_of_the_skype_highlighting              (11) 3326 0775      end_of_the_skype_highlighting.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Consciência vegeatariana!! Venham todos!





 A Parada Veg é uma manifestação pacífica e
divertida, que celebra nossa opção de consciência
com harmonia e afetividade.

Um evento para todas as idades.
Traga seus familiares, vegetarianos ou não.
Todos são bem vindos.
Traga sua ONG, seu grupo ativista, sua turma.
Este é um evento para todos, sem distinção.
Esta passeata tem como principais objetivos:
  • divulgar o vegetarianismo como estilo de vida pacífico e ético;
  • afirmar o direito do vegetariano de exercer sua opção de consciência de forma plena e cidadã, e;
  • fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços para vegetarianos, tanto pelo setor público quanto pelo setor privado e pelo terceiro setor.
Iniciativa: ConsciênciaVeg. Parceria: SVB, ANDA, Ativeg, Holocauso Animal e Instituto Nina Rosa.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Denúncia de abuso de policiais, na Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro

Ronai Braga, morador da Vila Cruzeiro, acusa a polícia do Rio de ter arrombado sua casa e levado R$ 31 mil que era sua indenização de emprego. 





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Telespectadores do SBT oferecem ajuda financeira a Silvio Santos


Dezenas de telespectadores do SBT enviaram cartas e e-mails para Silvio Santos oferecendo ajuda financeira ao SBT. As mensagens começaram a chegar no último final de semana. Os telespectadores perguntam como poderiam ajudar o empresário, que está com uma dívida de R$ 2,5 bilhões, fruto de um empréstimo para sanar o rombo do banco PanAmericano. Para segurar o pagamento, Silviou colocou a emissora e outras empresas de seu grupo como garantia do empréstimo.

"Silvio, gostaria de saber como posso ajudar você e o SBT", diz o trecho de uma das cartas, informa a coluna Ooops, do jornalista Ricardo Feltrin. Segundo pessoas próximas a Silvio, as mensagens fizeram o empresário marejar os olhos de emoção.

"Peço que mandem uma conta do Grupo SS para que eu possa depositar um pouquinho das minhas economias para ajudar o Silvio que tanto tem ajudado o povo sofrido. (Assinado Jorge)", diz outra mensagem.

Um internauta, com o mesmo argumento, afirma que o empresário já ajudou muitas pessoas, por isso gostaria de colaborar. "Silvio você é o cara. Já ajudou muita gente e agora é nossa vez de ajudar." (Adriano, via hotmail).

Outro telespectador perguntou qual era a melhor forma de ajudar o empresário, comprando um carnê do Baú ou um bilhete da Tele Sena.
O rombo do banco, do qual Silvio é o principal acionista, está sendo investigado. O empresário não descarta a possibilidade de ter sido vítima de um golpe da administração do banco, mas aguarda o resultado das investigações.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Verdade seja dita!

 Frei Betto: Dilma e a Fé Cristã

Texto publicado em Tendências/Debates da Folha de S. Paulo 


por Frei Betto*
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.

Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso,
dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de “marxista ateia”.



Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.



Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.


É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.


Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.


Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.


A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.


Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.


*Frei Bettto é frade dominicano, escritor e jornalista.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para Lula, imprensa tem candidato e partido

Lula, ao Terra: As nove ou dez famílias que controlam a comunicação

Lula: “nove ou dez famílias” dominam a comunicação no Brasil
23 de setembro de 2010


Bob Fernandes
Gilberto Nascimento

Direto de Brasília
no Terra
A três meses e meio do término de seu governo, o presidente Lula está certo da vitória de sua candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, mas recomenda: “cautela”. Numa conversa exclusiva de uma hora com o Terra no Palácio do Planalto, Lula, provocado, esmiúça o que pensa da mídia e sobre a mídia. Diz que, de alguma forma, o país tem, terá que discutir e legislar – no Congresso, ele ressalva – sobre o assunto. Para definir como percebe o olhar da chamada grande mídia, Lula resume:
-Eles têm preconceito, até ódio…

A ênfase, a contundência no julgamento e comentários quando o tema é este, mídia, são permeadas por gestos e palavras que mostram um presidente da República disposto e pronto para o próximo comício. Bem humorado, carregado de adrenalina. Antes do início da entrevista, Lula quer conversar, diluir ansiedades e tensões.
“Baby…”, diz a um jornalista, “pô, que gravador é esse, não tinha um digital?”, provoca outro. Segura a gravata de um terceiro, parece admirar o tecido, os desenhos, e opina:
-Mas essa gravata… esses desenhos parecem uma ameba!
O presidente da República faz as honras da casa, pede que se sirva um cafezinho, uma água antes de, atraído para o tema, partir para o ataque:
- Na campanha passada, os caras diziam porque o avião do Lula… porque o Aerolula… (Estavam) disseminando umas bobagens… vai despolitizando a sociedade. Agora, estão dizendo que a TV pública é a TV do Lula. Nunca disseram que a TV pública de São Paulo é do governador de São Paulo e as outras são dos outros governadores…
Para Lula, críticas à falta de liberdade na área de comunicação, mais do que injustas, não têm sentido. Ele diz duvidar que outros países tenham mais liberdade de informação do que o Brasil:
-Nesse momento do Brasil, falar em falta de liberdade de comunicação? Eu duvido. Eu quero até que vocês coloquem em negrito isso aqui. Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo.
O presidente se mostra disposto a um duro embate com setores da mídia: – A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais.
“No Brasil – foi o Cláudio Lembo que disse isso para o Portal Terra -, a imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e tem um partido. Seria mais simples, seria mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada”, cobra Lula.
O presidente sinaliza que mudanças nessa área deverão ser discutidas no Congresso Nacional e poderão ser viabilizadas no próximo governo:
-O Brasil, independentemente de que de quem esteja na Presidência da República, vai ter que estabelecer o novo marco regulatório de telecomunicações desse País. Redefinir o papel da telecomunicação. E as pessoas, ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável.
A seguir, a primeira das três partes da entrevista com Lula que o Terra publica ao longo desta quinta-feira (23).
Terra – Presidente, em 1978 o senhor era um líder operário, estava na Bahia em um encontro de petroleiros, no Hotel da Bahia, eu era um estudante de comunicação, ainda tinha AI-5, censura à imprensa. Na década seguinte, nos anos 80 e 90, em inúmeras conversas com o senhor o assunto acabava de alguma forma passando pelo monopólio na mídia. No ano 2002, na véspera da eleição, de novo conversamos sobre isso. Em 2006, a uma semana do senhor ser reeleito presidente, numa conversa o senhor disse que não iria “tirar nada” de ninguém, que isso não seria democrático, mas que a ideia era redistribuir meios, ajudar os meios, ter uma maior diversidade de opinião. Chegando agora, nesta reta final (em 2010) o senhor tem feito críticas duras, dizendo que a imprensa, a mídia tem um candidato e não tem coragem de assumir e, ao mesmo tempo, o contraditório diz que existiria um Projeto Político, projeto vocalizado outro dia pelo José Dirceu, para “enquadrar meios de comunicação”. Então, queria que o senhor dissesse o que o senhor realmente pensa disso, e se realmente existe uma expectativa, se existe alguma coisa em relação a isso…
Luiz Inácio Lula da Silva – Olha, primeiro, na nossa passagem pela Terra… não pelo Terra, pela Terra, a gente ouve coisas absurdas, que a gente gosta e que a gente não gosta. Veja, qualquer coisa nesse País tem o direito de me acusar de qualquer coisa. É livre. Aliás, foi o PT que, no congresso de São Bernardo do Campo, decidiu que era proibido proibir. Era esse o slogan do PT no congresso de 1981.
Terra – O Caetano vai dizer que é dele…
O que acontece muitas vezes é que uma crítica que você recebe é tida como democrática e uma crítica que você faz é tida como antidemocrática. Ou seja, como se determinados setores da imprensa estivessem acima de Deus e ninguém pudesse ser criticado. Escreveu está dito, acabou e é sagrado, como se fosse a Bíblia sagrada. Não é verdade. A posição de um presidente é tomada como ser humano, jornalista escreve como ser humano, juiz julga como ser humano. Ou seja, temos um padrão de comportamento e julgamento e, portanto, todos nós estamos à mercê da crítica. No Brasil – , e foi o Cláudio Lembo que disse para o Portal Terra -, a imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e tem um partido, que falasse. Seria mais simples, seria mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada. Muitas vezes fica explícita no comportamento que eles têm candidato e gostariam que o candidato fosse outro. Tiveram assim em outros momentos. Acho que seria mais lógico, mais explícito. Mas, eles preferem fingir que não têm lado e fazem críticas a todas as pessoas que criticam determinados comportamentos e determinadas matérias.
Terra – Então, não existiria nenhum projeto futuro…
Se existir uma idéia, ela será discutida pelo próximo governo. Pelos próximos governos. Ela será decidida pelo Congresso Nacional , porque é impossível você imaginar fazer uma coisa que discuta comunicação se você não passar pelo Congresso. Quando nós tomamos a decisão de fazer a Conferência da Comunicação – nós já fizemos conferências de tudo que você possa imaginar, até de segurança pública -, quando fizemos a Conferência de Comunicação, alguns setores das comunicações participaram, algumas tevês participaram, algumas empresas telefônicas participaram e muitos jornais participaram. Ela foi feita a nível municipal, a nível estadual e nível nacional. Determinados setores da imprensa não quiseram participar e começaram a achar que aquilo era antidemocrático, que aquilo era não sei das contas. Eu não sei qual é a preocupação que as pessoas têm de a sociedade discutir comunicação. Uma legislação que está regulamentada em 1962. Portanto, não tem nada a ver com a realidade que nós temos hoje, com os meios de comunicação que nós temos hoje. Com a agilidade da internet, por exemplo. Então, o que nós achamos é que o Brasil, independentemente de quem esteja na Presidência da República, vai ter que estabelecer o novo marco regulatório de telecomunicações desse País. Redefinir o papel da telecomunicação. E as pessoas, ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável. Ninguém tinha a dimensão há 15 anos atrás do que seria a internet hoje. Ninguém tinha. Ninguém tem a dimensão ainda do que pode ser a TV digital. E a pluralidade que ela pode permitir de utilização dos canais de televisão. Então, discutir isso é uma necessidade da nação brasileira. Uma necessidade dos empresários, dos especialistas, dos jornalistas, ou seja de todo o mundo para ver se a gente se coloca de acordo com o que nós queremos de telecomunicações para o futuro do País.
Terra – Como essa discussão quase sempre se dá em meio a campanha, a gente não tem a oportunidade de falar assim tão claramente. O que mais incomoda o senhor: é a cobertura (ser) crítica de um lado e não existir a investigação sobre os demais candidatos? Seria isso?
Não, não. Veja, Bob você me conhece há muito tempo e sabe o que eu tenho afirmado. Só existe uma possibilidade no meu governo de alguém não ser investigado. É não cometer erro. Se cometer erro, tem de ser investigado. Isso vale para todo mundo. Agora, eu acho que a imprensa presta um papel importante.
Terra – O senhor está dizendo que ela é desequilibrada? Só está cobrindo um lado e não está cobrindo…
É que eu acho que a imprensa está cumprindo um papel importante quando ela denuncia. Por que? Ou você sabe porque alguém denunciou, ou você sabe porque alguém cobriu ou você sabe porque saiu na imprensa. Quando sai alguma coisa na imprensa você vai atrás. Você vai, então, apurar. De tudo aquilo que é uma feijoada, o que é feijão, o que é carne, o que é costela, o que é carne seca. Você vai separar as coisas para saber o peso de cada uma. E é exatamente o que a gente faz nesse governo. Ou seja, eu vou te dar um exemplo, sem citar jornal. Na campanha passada, os caras diziam, “porque o avião do Lula…”, porque o Aerolula… Passando para a sociedade, disseminando umas bobagens, vai despolitizando a sociedade. Agora, estão dizendo que a TV pública é a TV do Lula. Nunca disseram que a TV pública de São Paulo é do governador de São Paulo e as outras são dos outros governadores. Agora, uma TV para um presidente que está terminando o mandato daqui a três meses, é a TV Lula. Ou seja, esse carregamento de…composto de …de muita …de muita, eu diria, de muito preconceito ou de muita até, eu diria até, às vezes, ódio, demonstra o que? O velho Frias (Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha, falecido em abril de 2007) me dizia: “Lula, o pessoal do andar de cima não vai permitir você subir lá…”. Quem me dizia isso era o velho Frias repetidas vezes: “Lula, cuidado, o pessoal do andar de cima não vai permitir você chegar naquele andar…”. Sabe? Então, o pessoal se comporta como se o pessoal da Senzala tivesse chegando à Casa Grande. E ficam transmitindo uma coisa absurda. Nesse momento do Brasil, falar em falta de liberdade de comunicação….? Nesse momento do Brasil! Eu duvido, duvido. Eu quero até que vocês coloquem em negrito isso aqui: Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste País, da parte do governo. Agora, a verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais…
Terra – Nos municípios, isto tem uma capilaridade: o chefe político tal…
Então, muita gente não gostou quando, no governo, nós pegamos o dinheiro da publicidade e dividimos para o Brasil inteiro. Hoje, o jornalzinho do interior recebe uma parcela da publicidade do governo. Nós fazemos propaganda regional e a televisão regional recebe um pouco de dinheiro do governo. Quando nós distribuímos o dinheiro da cultura, por que só o eixo Rio-São Paulo e não Roraima, e não o Amazonas, e não o Pernambuco, e não o Ceará receber um pouquinho? Então, os homens da Casa Grande não gostam que isso aconteça.
Terra – A propósito de “Casa Grande”, sociologia etc…, na semana passada um importante sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, evocou Mussolini ao se referir ao senhor como chefe de uma facção. Chegando ao final desses 16 anos (governos FHC e Lula), o senhor acha que ainda existe…
Eu acho que, sinceramente, as pessoas deveriam olhar para o Brasil e olhar para os outros países. E todo o mundo deveria agradecer a Deus o Brasil ser do jeito que ele é, o Brasil ter o governo que ele tem e ter o povo que tem. Eu lembro que o João Roberto Marinho, quando voltou da eleição do México passada, numa conversa que teve comigo falou: “Ô presidente, eu estava no México e foi de lá que eu aprendi a valorizar a democracia no Brasil. Porque, aqui no Brasil, todo mundo acata o resultado. Lá no México, eu vi um milhão de pessoas na rua contra o resultado eleitoral”. Ou seja, aqui no Brasil nós não corremos esse risco. Porque esse País tem um outro jeito de exercitar a democracia. E a democracia ela só será exercitada – vocês estão lembrados que eu dizia quando era líder sindical ainda -, democracia não é o povo ter o direito de gritar que está com fome, democracia é o povo ter direito de comer. Nós estamos chegando lá, estamos chegando lá, então as pessoas, sabe, que talvez tenham problemas ideológicos, problemas de preconceito, ou seja, que não admite que…meus queridos, vejam o que vai acontecer amanhã, sexta-feira; a Bovespa, que tinha ódio de mim, e quando tinha medo de mim ela tinha apenas 11 mil pontos, hoje já chegou a 72 (mil pontos), já chegou a 68 (mil pontos). Ou seja, acima dos 60 mil pontos. E vai exatamente um presidente da República, que tanta gente tinha medo, fazer a maior capitalização da história da humanidade. Ouso dizer: nunca antes na história do planeta Terra houve uma capitalização da magnitude do que vai acontecer na sexta-feira, sabe, com a minha presença.
Terra – E isso lhe dá um prazer especial?
Me dá. Me dá um prazer especial porque é um sucesso do Brasil, é um sucesso da Petrobrás, é um sucesso do investimento em tecnologia, é um sucesso de acreditar neste País. Mas na verdade é o sucesso da ascensão do Brasil no mundo. Ou seja, quem acompanha a imprensa internacional percebe que hoje nós ocupamos na imprensa internacional num mês aquilo que a gente não ocupava em três décadas, há pouco tempo atrás. Porque no Brasil, as pessoas precisam aprender uma coisa: ninguém respeita quem não se respeita. E muita gente do Brasil costumava chegar nos Estados Unidos ou na Europa de cabeça baixa, se achando um ser inferior.
Terra – Tirava o sapato…
É. Eu, quando eu tomei posse, disse para os meus meninos: se alguém tirar o sapato, se eu souber, porque também não vou, não estou com eles, mas também se chegar lá para tirar o sapato é melhor vir embora. Porque eu mando embora. A única coisa que eu acho que vai acontecer lá é o seguinte: o Brasil vai sair mais honrado deste processo, o Brasil vai sair mais forte e não vai ser o Lula que vai ganhar, o Lula está fora disso em dezembro, meu filho.
Terra – O senhor está se referindo a isso por causa da pergunta, Mussolini…?
É, por causa disso, ou seja, eles confundem populismo com popular. Eles não sabem o que é popular porque eles nunca tiveram perto do povo. Essa gente, essa gente que não gosta de mim, na época das eleições até sorri pros pobres, até fazem promessa pros pobres, mas depois das eleições… o pobre passa perto deles um quilômetro. Então, sabe, isso é uma confusão maluca entre o populismo e o popular. O que é o populismo? É um cara, sabe, que não tem nada a ver com ninguém e aparece fazendo promessas, aparece fazendo política demagógica. Não é o nosso caso. Todas as políticas minhas são decididas, Bob… Já foram 72 conferências nacionais, conferências que começam lá no município, vai para o Estado e vem pra cá. Algumas conferências participaram 300 mil pessoas até chegar na conferência nacional. E aí nos decidimos as políticas públicas. Então eles…obviamente eu acho que tem muita gente incomodada e eu não tenho culpa, eu não tenho culpa. Sabe, tirar deles incomodou muita gente no Brasil. A Coroa Portuguesa durante muito tempo ficou incomodada por conta daqueles que diziam que era preciso mudar. Ficaram incomodados até com Dom Pedro quando ele quis mudar. Por que não ficar comigo?
Terra – O Brasil mudou e eu faço a seguinte pergunta, quer dizer, a política brasileira mudou? O senhor antigamente falava muito em reforma política, que era uma das bandeiras e hoje a gente vê os partidos enfraquecidos. Como o senhor avalia hoje a política, a necessidade da reforma política e um adendo: em uma viagem ao Pará, nas vésperas da eleição passada, em um vôo o senhor disse na entrevista que uma das suas primeiras medidas que o senhor tentaria seria a reforma política. Por quê não saiu? Por que é tão difícil de fazer?
Porque a reforma política não é uma coisa do presidente da República. A reforma política é uma coisa dos partidos políticos. E do jeito que os partidos se comportam parece que a gente tem um monte de partidos , todos criticando, sabe, a legislação que regulamenta a política no Brasil. Todo mundo quer uma reforma política, mas ninguém mexe. Porque desagrada a muita gente. Então, veja, eu mandei duas propostas de reforma, de coisas que precisariam mudar para poder melhorar a política brasileira e que não foi votado. Nós mandamos, por exemplo, a regulamentação do financiamento de campanha, para acabar com o financiamento privado e ficar com financiamento público, que na minha opinião é a forma mais honesta de se fazer campanha neste País, a fidelidade partidária… porque o que é o ideal? É você ter partido forte para você negociar com partido. Isso faz parte da democracia. Quando você faz coalizão com partido político você estabelece regras nesta coalizão, você partilha um poder com essa coalizão. Agora, do jeito que está é quase que impossível, porque a direção dos partidos não representa mais os partidos. O líder da bancada não representa mais a bancada, ou seja se criou grupos de deputados, grupos por região, grupos…ou seja, e está muito difícil para eles próprios…então, o que eu acho? Quando eu deixar a presidência, eu quero, primeiro dentro do PT, convencer o PT da necessidade de fazer uma reforma política, convencer os partidos da base aliada do governo da necessidade de se fazer uma reforma política neste País pra que a gente não fique com legenda de aluguel, como nós temos agora.
Terra – Na semana passada, o Lembo disse até naquela entrevista, primeiro que a oposição vai estar em frangalhos nas urnas e ele é do DEM, e que na verdade não vão existir praticamente partidos, só o movimento social e que seria liderado pelo senhor. O senhor concorda?
Eu não concordo porque eu não sou líder do movimento social, eu sou um dirigente partidário. O movimento social tem suas lideranças próprias. Agora, eu acho que…eu não concordo com o Lembo que não tenha partido político, o PT é um grande partido político. Nas pesquisas da opinião pública, o PT aparece com 30% de preferência em qualquer pesquisa que se faça. Demonstração de que isso é um partido, sabe, como poucas vezes no mundo você teve um partido assim, você teve um PRI, um partido comunista mexicano que era extremamente forte e aí sim era populismo, você tinha um partido comunista italiano que tinha 30% dos votos e que era um baita de um partido na Itália, embora nunca tenha chegado no poder, você tinha a social democracia que revezava o poder em uma parte da Europa, os socialistas franceses que revezavam. E você tem no Brasil o PT que é um partido organizado nacionalmente e muito forte. Agora, eu acho que as reformas, elas se darão por dentro dos partidos políticos, dentro do Congresso Nacional. E ela se dará porque nós não precisamos ter uma legenda que aluga na época da eleição, que tem horário de televisão…
Terra – Tiririca é um símbolo disso?
Veja, eu acho…eu não sou contra…
Terra – Como representação, não é demonizando…
Ele tem um partido, ele pode ser filiado no partido como qualquer outra pessoa. Deixa eu lhe falar… o Tiririca é um cidadão que representa uma parcela da sociedade brasileira.
Terra – Mas um voto de protesto…
Eu não sei se é voto de protesto, ele pode surpreender, sabe…eu acho legal o Romário estar entrando na política, acho legal o Bebeto estar entrando na política, o Marcelinho…porque, veja, a política antigamente o que era? Antigamente a política era advogado, professor, funcionário público e empresário. Ora, se você tem jogador de futebol, você tem movimento indígena, você tem…todo mundo tem que se apresentar e o Congresso estará melhor representado . Se eles trabalharem corretamente, serão valorizados. Se as pessoas não trabalharem corretamente, no próximo mandato cairão fora como já provou a história da humanidade e aqui neste País. Então, eu estou tranquilo com relação à necessidade da reforma política, ou seja, a cada dia uma pessoa só cria um partido político. Agora, na época da eleição você precisa normatizar quem é que participa do que, porque quando nós fomos criados em 80 nós tínhamos que legalizar o partido em 15 Estados e dentro de cada Estado em 20% dos municípios. Era um trabalho imenso e ter 3% de voto, sabe, para governo em 82. Não foi fácil chegar e nós fizemos. Então é preciso criar parâmetros para as pessoas organizarem. Você não pode, ou seja, você não tem um partido político, daqui a pouco os deputados são eleitos por um partido tal, antes de tomar posse, já mudaram de partido. Ou seja, você fez uma negociação com o partido que tinha 20 deputados, daqui a pouco esse partido tem 10 e a negociação está feita. Como é que fica?
Terra – Presidente, que PT é esse que neste momento da política brasileira sairá das urnas? E, segunda pergunta, onde o PT, que teve momentos de altos e baixos acentuados durante o seu mandato, onde acertou e onde errou?
Primeiro, o PT tem pouca ingerência no governo, sabe. Quando você ganha um governo, você governa, e na minha o partido tem até liberdade de em vários momentos não concordar com o governo e até fazer oposição ao governo, criticar o governo, sabe? Nós perdemos muita gente que foi do PT porque não concordou com a reforma da previdência do setor público que nós começamos a fazer em 2003. Isso faz parte também da história política do mundo inteiro. Foi assim no partido socialista francês, no alemão, no sueco, no partido democrata americano, acontece em todos os partidos políticos. Eu acho que o PT deu uma ajuda muito grande agora quando aceitou a indicação da ministra Dilma como presidente, ou seja, havia quem dissesse que o PT queria criar caso, que o PT queria uma liderança histórica, alguém com mais vínculo, e o PT aceitou tranquilamente a Dilma e eu acho que PT tomou a decisão madura e coerente, sabendo a minha relação com o PT e o peso do governo na decisão do processo eleitoral. Eu acho que foi uma decisão madura e, obviamente que, muitas vezes aceitando aquilo que a gente fazia no governo. Porque, qual é o problema do governo? Quando você chega no governo, você não participa mais da decisão de um partido. Eu, faz oito anos, sete anos, que eu não vou numa reunião do partido. Porque eu tomei como decisão de que, ao ser eleito presidente da República, eu não poderia governar para o PT, eu não poderia enxergar o mundo apenas pelo PT, eu tenho que enxergar o mundo pela pluralidade da política brasileira e da sociedade brasileira. Então, eu estabeleci uma forte relação com os trabalhadores, é verdade. Mas estabeleci também uma forte relação com os empresários, estabeleci uma relação muito forte com os setores médios da sociedade, porque é isso que é a sociedade brasileira. Ela não é apenas, sabe, vermelha ou azul ou verde. Ela é muito mais colorida do que tudo isso e o presidente da República tem que ficar com uma espécie de magistrado. Agora, quando chega época de eleição não é possível o presidente da República ficar como magistrado porque eu tenho um lado. Eu tenho um partido e tenho candidato.
Terra – O senhor tem sido muito cobrado por estar interferindo na eleição….
Deveria ser, deveria ser cobrado quem perdeu. Quem não conseguiu fazer o sucessor, porque o sucessor é uma das prioridades de qualquer governo para dar continuidade a um programa que você acredita que vai acontecer. Imagina se entra no Brasil para governar alguém que resolve querer voltar e privatizar a Petrobrás? (pausa) Onde vai o pré-sal? Ou alguém que resolva não mudar a lei e permitir que a lei do petróleo continue a mesma? A gente sabendo…o contrato de risco é quando a gente corre riscos. Mas quando a gente sabe onde tá bichinho do ouro preto, por que a gente vai fazer contrato de risco? Então, nós temos que se apoderar desta riqueza a bem do povo brasileiro, é um patrimônio do povo, não é um patrimônio da Petrobrás. Então, nós temos medo de que este País sofra um retrocesso. Por isso que eu tenho candidato. Seria inexplicável para a sociedade se eu entrasse numa redoma de vidro e falasse: olha, aconteça o que acontecer nas eleições, o presidente da República não pode dar palpite. Mas nem para escolher o Papa acontece isso.
Terra – Presidente, essas eleições já estão definidas?
Olha, nunca existe eleição decidida. Eu sempre acho que eleições e mineração a gente só sabe disso depois do resultado. Abriu a urna, agora não tem urna para abrir…
Terra – Mas tem o negócio de identidade (carteira de identidade) que pode complicar…
Olha, teria problema de identidade se você não tivesse elevado 36 milhões de pessoas da classe C. Esse povo agora está comprando, esse povo está entrando na loja, está fazendo crédito esse povo tem documento, fotografia… O que eu acho extremamente importante é que nesse processo eleitoral, a gente precisa primeiro ter muita cautela. Esse é o momento de um time que está ganhando de dois a zero. O adversário está dando botinada, está chutando no peito, está chutando na canela, o juiz não está apitando falta e nós não podemos perder a cabeça, porque o que eles querem é expulsar alguém do nosso time, para a gente ficar em minoria. Então, agora é muita cautela, vamos fazer troca de passes entre nós, vamos fazer a bola correr. Como dizia o Parreira, quando estava dirigindo o Corinthians, nós vamos ficar dominando a bola, ou seja, o tempo que a gente estiver com a bola é o tempo que a gente não toma gol…

CBN - A rádio que toca notícia - Cony, Xexéo & Viviane Mosé

CBN - A rádio que toca notícia - Cony, Xexéo & Viviane Mosé
Filma: LULA, O FILHO DO BRASIL é indicado ao Oscar!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Eleições 2010!

Aqui 322 candidatos que exigem
muita, muita atenção

Eles tiveram suas candidaturas indeferidas com base na Lei da Ficha Limpa, foram denunciados por participação no caso dos sanguessugas, são réus em ações penais ou foram presos em ações policiais. Vale a pena votar neles? Só você pode responder

Sinal amarelo: com base em critérios objetivos, identificamos 322 candidatos com os quais você deve ter especial atenção antes de decidir votar


Esta é uma matéria muito interessante com a qual concordamos plenamente com a reportagem do Congresso em Foco, há que se prestar atenção nestes candidatos que, afinal, conseguiram ir adiante com o impasse na votação do Ficha Limpa.
 
A principal dessas coisas talvez seja esta aqui: a lista dos candidatos que foram barrados pela Lei da Ficha Limpa, são réus em ações penais, foram denunciados à Justiça como integrantes do esquema dos sanguessugas ou presos em ações das polícias Civil e Federal.

São 322 nomes, distribuídos por 25 estados (todos, com exceção do Rio Grande do Norte) e pelo Distrito Federal. Muitos brigam por uma cadeira no Parlamento federal ou estadual, importantíssima trincheira do combate eleitoral para a qual muitos eleitores ainda dão pouca importância. Outros são candidatos a governador. Nenhum dos postulantes à Presidência da República se enquadra nos critérios acima citados, que serviram de parâmetro para chegarmos à presente lista.

Lista esta que, sabemos bem, pode ser aprimorada. Agradecemos a quem puder contribuir com informações ou sugestões nesse sentido, e desde já nos colocamos à disposição para recebê-las. Basta escrever para redacao@congressoemfoco.com.br. O mesmo endereço vale para os candidatos que tenham quaisquer esclarecimentos a dar.

Veja quem são os candidatos que merecem sinal amarelo, estado por estado:

Acre

Alagoas

Amapá

Amazonas

Bahia

Ceará

Distrito Federal

Espírito Santo

Goiás

Maranhão

Mato Grosso

Mato Grosso do Sul

Minas Gerais

Pará

Paraíba

Paraná

Pernambuco

Piauí

Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

Rondônia

Roraima

Santa Catarina

São Paulo

Sergipe

Tocantins

domingo, 26 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

@Dilmabr em mais um debate nesta quinta-feira (23) - OndaVermelha - #dilmanarede

@Dilmabr em mais um debate nesta quinta-feira (23) - OndaVermelha - #dilmanarede

Hoje será votado o ficha limpa que já tem 140 mil assinaturas


AMB/Ibope: 85% dos brasileiros
são a favor da Ficha Limpa

Pesquisa encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ao Instituto Ibope registra que 43% dos entrevistados conhecem políticos que atualmente compram ou que já compraram votos de eleitores. Outros 41% têm conhecimento de eleitores que já venderam suas opções nas urnas em troca de benefícios.
O levantamento da AMB, divulgado nesta terça-feira (21), mostra ainda que a ampla maioria da população - 85% - é favorável à Lei da Ficha Limpa, que cria regras e condições de elegibilidade para postulantes a cargos públicos. Dos entrevistados que têm curso superior, 91% são favoráveis. De todos os entrevistados, no entanto, 3% não conhecem a legislação e 9% dos eleitores não conhecem o teor da lei que barra políticos com pendências judiciais.
Dos ouvidos pela pesquisa, 13% admitem que votariam em um candidato que oferecesse benefícios. Na região Nordeste esse índice é o maior do País, com 21%, mas, em nível nacional, apenas 41% denunciariam tentativas de compra de votos. Também entre os nordestinos está o índice dos que menos denunciariam tentativas de cooptação de votos - 32%.
Na escolha dos votos a serem depositados nas urnas, 53% dizem ouvir as propostas de trabalho do político, ao passo que 21% levam em consideração na escolha dos candidatos os benefícios que a comunidade ou a própria família pode receber. Dos entrevistados, 73% diz acreditar que a política beneficia os próprios políticos, e não a sociedade.
A pesquisa AMB/Ibope ouviu 2.002 pessoas entre 18 e 21 de agosto em 140 cidades. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.


É importantíssimo que o Ficha Limpa tenha validade, você ainda tem tempo de assinar e apoiar, basta clicar aqui

sábado, 11 de setembro de 2010

Cinema Africano da melhor qualidade

Moolaadé: filme de Ousmane Sembene no Cecisp
Moolaadé - um filme de Ousmane Sembene
Dia: 18 de setembro de 2010 – 19 horas – Entrada franca
Local: CECISP- Associação Centro Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1239, CJ. 13/14 - Metrô Consolação
Informações: (11)3114-3906
http://centrocineclubista.blogspot.com/

Sinopse: Em um distante povoado africano, ligado apenas pelo rádio, o costume da mutilação genital feminina (a circuncisão) é temida por todas as garotas. Seis delas, segundo a tradição, devem passar pelo ritual num determinado dia. Este é um dos passos para que elas conquistem um ótimo pretendente e tenham um casamento bem sucedido. O pavor é tanto que duas afogam-se num poço. As outras quatro buscam a proteção de Collé, uma mulher que não permitiu que sua filha fosse mutilada, invocando o “moolaadé” (proteção sagrada). O fato gera comoção e ganha adesão de mulheres e simpatizantes contrários à mutilação. Mas vários homens e membros representativos da aldeia pressionam o marido de Collé para que retire a proteção, nem que para isso ele tenha de chicoteá-la em público.

Título Original: Moolaadé, 2004
Roteiro e Direção: Ousmane Sembene
Origem: Senegal, França, Burkina Faso, Camarões, Marrocos e Tunísia
Duração: 119 min
Idioma: Bambara/Francês
Legendas: Português

Haverá debate após a exibição

Fonte: Oubí Inaê Kibuko
www.oubifotografias.blogspot.com
www.tamboresfalantes.blogspot.com

domingo, 5 de setembro de 2010

Dia 09/09 às 20h30 - Lançamento do livro que une Jesus, Moisés e Buda

Jesus, Moisés e Buda unidos em livro
Em Aqui e agora, Ian Mecler mostra a importância
de viver o presente e se libertar de mágoas passadas
Ian Mecler — autor dos best sellers A Cabala e a arte de ser feliz, A força: o poder dos anjos da cabala, entre outros, e fundador do Portal da Cabala (www.portaldacabala.com.br) — retorna com AQUI E AGORA: O ENCONTRO DE JESUS, MOISÉS E BUDA, um livro bem-humorado, que mostra a importância de viver o presente. Mecler destaca a necessidade de experimentar cada momento, focando no aqui e agora, sem preocupações com o controle de tudo. Sem privilegiar uma vertente religiosa, Ian fala sobre os grandes mestres Jesus, Moisés e Buda, garantido ao texto uma pluralidade que irá agradar a todos, independentemente da religião. O livro acaba de sair da gráfica da Editora Record (www.record.com.br) e chega às livrarias nesta semana.
E se alguns dos maiores mestres da humanidade tivessem se encontrado? O que teriam aprendido um com o outro? Que ensinamentos teriam passado adiante? Em AQUI E AGORA: O ENCONTRO DE JESUS, MOISÉS E BUDA, Ian Mecler — autor dos best sellers A Cabala e a arte de ser feliz, A força: o poder dos anjos da cabala, entre outros, e fundador do Portal da Cabala (www.portaldacabala.com.br) — reúne, pela primeira vez, três das mais importantes e adotadas vertentes espirituais. A idéia é usá-las para nortear uma existência focada no presente. A hora da felicidade é agora.

O livro, bem-humorado e de linguagem direta, é uma viagem guiada pelos maiores mestres da humanidade, fundamentada também nos códigos da bíblia. Mecler, um dos mais importantes líderes espirituais da atualidade, revela uma forma prática e acessível de se libertar de todo o sofrimento desnecessário e a importância de viver o presente. A necessidade de experimentar cada momento, concentrando no aqui e agora, sem preocupações com o controle de tudo é a chave da felicidade e paz.


Apesar de se basear nos ideais de algumas religiões, nenhuma crença é necessária para que se tire proveito destes ensinamentos. Sem privilegiar uma vertente religiosa, Ian Mecler fala, aqui, sobre os grandes mestres Jesus, Moisés e Buda, garantido ao texto uma pluralidade independente da religião. Criado, em grande parte, a partir de ensinamentos transmitidos por meio de aulas e palestras, AQUI E AGORA é todo apresentado no formato de perguntas e respostas.

Ao longo do livro, Mecler apresenta, ainda, pequenas sugestões de práticas meditativas. Ao experimentá-las, é possível tirar um proveito substancialmente maior dos ensinamentos aqui colocados. Em AQUI E AGORA, Mecler combina conceitos das mais importantes tradições espirituais para elaborar um guia de alta eficácia para a busca da realização.


Nascido em 8 de março de 1967, Ian Mecler é, na atualidade, um representante dos mais antigos e profundos ensinamentos espirituais. Ele é o fundador do Portal da Cabala (www.portaldacabala.com.br), instituição comprometida com a filantropia material, emocional e intelectual, que vem revelando os iluminados códigos da Bíblia para toda a humanidade.

Serviço:
AQUI E AGORA: O ENCONTRO DE JESUS, MOISÉS E BUDA

Autor: Ian Mecler
Grupo Editorial Record/Editora Record
176 páginas
Preço: R$ 19,90

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Neste sábado, gratuito!

Kiwi Companhia de Teatro apresenta
espetáculo no Pombas Urbanas
A partir de textos da historiadora Michelle Perrot e da autora austríaca Elfriede Jelinek (prêmio Nobel de literatura 2004), o espetáculo discute a questão de gênero e da violência contra a mulher, investigando as conexões entre patriarcado e capitalismo, dedicando especial atenção à opressão sofrida pelas mulheres e às formas de organização e resistência desta parcela majoritária da população.
A Kiwi Companhia de Teatro surgiu em 1996. Produziu uma quinzena de montagens teatrais, leituras dramáticas de autores como Beckett, Kafka, Hilda Hilst, Elfriede Jelinek e Heiner Müller. Organizou cursos, oficinas e debates sobre a encenação e a dramaturgia contemporâneas. Em 2007 foi selecionada pelo Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo com o projeto Teatro/Mercadoria – Espetáculo e miséria simbólica. Um dos objetivos do grupo responde à necessidade de, simultaneamente, fazer e pensar o teatro e a sociedade.
A companhia é formada por cinco componentes fixos (Fabio Salvatti, Fernanda Azevedo, Fernando Kinas, Luiz Nunes e Marcia Bechara), e tem a colaboração de vários artistas que acompanham a trajetória do grupo, como: Demian Garcia (sonoplasta), Marina Willer e Paulo Emílio (programadores visuais), Clóvis Inocêncio (ator), Fernando Marés (cenógrafo e figurinista) e Gavin Adams (vídeoartista).
Os trabalhos da companhia foram apresentados em diversas cidades do país por meio de parcerias com instituições como SESC, Itaú Cultural, Aliança Francesa e Cultura Inglesa, ou pelo convite de festivais de teatro brasileiros (Recife, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, dentre outros). A Kiwi também se apresentou em Bogotá (Colômbia) e participou de evento em Los Angeles (Estados Unidos).

SERVIÇOSábado (4/9), às 19h“Carne - Patriarcado e Capitalismo”, com Kiwi Companhia de TeatroDireção e concepção de espaço: Fernando KinasRoteiro: Fernanda Azevedo e Fernando KinasElenco: Fernanda Azevedo e Maysa LepiqueAssistência de direção: Fabio Salvatti e Luiz NunesArtista convidada: Marie Ange BordasMúsica original: Demian GarciaTratamento de imagem: Gavin AdamsIluminação: Marisa BentivegnaProdução: Luiz Nunes

Teatro Ventre de Lona (135 lugares)Centro Cultural Arte em Construção – Instituto Pombas UrbanasAvenida dos Metalúrgicos, 2100
Bairro Cidade Tiradentes – Zona Leste / SP
www.pombasurbanas.org.br
Entrada Gratuita – Retirar ingresso com 1 hora de antecedência ou reservas pelo 11 2285-7758